Dez movimentos sociais, entre eles o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Via Campesina, entregaram nesta sexta-feira (13/07) uma carta cobrando a construção de políticas públicas à agroecologia nacional.
O documento, entregue durante a 6ª Jornada Nacional de Agroecologia, na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em Cascavel, a 500 quilômetros de Curitiba, apresenta dez reivindicações, entre o estímulo à produção agroecológica, o fortalecimento da educação no campo e políticas públicas contra o plantio de transgênicos e uso de agrotóxicos.
A carta elaborada pelos quatro mil participantes do evento, que iniciou quarta-feira e termina neste sábado, foi entregue ao governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB) e ao superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Paraná, Celso Lisboa Lacerda.
O coordenador-geral da 6ª Jornada e também dirigente do MST, Roberto Baggio, diz que as propostas elaboradas têm o objetivo de cobrar dos governos federal e estadual a implantação de políticas públicas à agricultura agroecológica. O documento entregue hoje sugere apoio a produção agroecológica, políticas públicas contra os transgênicos e agrotóxicos, utilização dos recursos naturais, crédito e infra-estrutura rural, beneficiamento, processamento e comercialização.
Transgênicos
A carta sugere ainda a realização de campanhas públicas educativas sobre os riscos dos transgênicos, para saúde, meio ambiente, economia e a soberania alimentar, além de revogar a liberação do milho transgênico pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) - a liberação aconteceu em 16 de maio último. Variedades de soja e algodão transgênicos já são comercializadas no Brasil.
(Por Miguel Portela, Estadão, 13/07/2007)