Desde segunda-feira, a Eletrosul distribui um excedente de energia térmica para a Argentina, que enfrenta dificuldades de abastecimento. A estatal opera com capacidade máxima na conversora de Uruguaiana, que faz a integração elétrica entre os dois países. A conversora oferecerá uma potência diária de 50 megawatts, suficiente para abastecer uma cidade de 200 mil consumidores residenciais. Esse fornecimento emergencial para os argentinos permitiu a retomada de contrato, assinado na década de 90, entre a Empresa Binacionales S.A, da Argentina, e a Eletrosul. A ação deve durar até o final do mês de agosto e vai gerar recursos extras para a empresa, pois a Eletrosul será remunerada pelo serviço. A empresa avalia que a oferta da energia não afetará o sistema integrado nacional.
A crise energética argentina refletiu também nos países que dependiam das exportações de gás natural e gás liquefeito de petróleo (GLP). O Chile, no primeiro caso, e o Paraguai que tem na Argentina o principal fornecedor de GLP, utilizado nas residências e indústrias. Segundo a imprensa, em Assunção, o consumo diário do produto chega a 270 mil quilos e já está faltando botijão de gás. Na quarta-feira, apenas dois caminhões com um carregamento de aproximadamente 44 mil quilos de GLP desembarcaram na capital paraguaia. Não há gasoduto no Paraguai e o país depende do produto.
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CP, 13/07/2007)