Um bolo de aniversário, com direito a 'Parabéns' foi a forma encontrada pelos comerciantes da rua Coronel Bordini, no bairro Moinhos de Vento, para protestar. Há um ano, na altura do número 246, o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) abriu uma cratera no meio da via, que está fechada para o trânsito. O DEP teria dito à comunidade que a obra terminaria em maio. Os moradores reclamam que há dois meses não vêem um único operário trabalhando no local.

Há 50 anos na Bordini, uma confeitaria tem clientela fixa. No entanto, o proprietário Frederico Eberhart sofre com 40% de queda no movimento. 'Meus clientes reclamam do acesso, da sujeira e da falta de segurança.' Muitos estabelecimentos comerciais fecharam por causa da obra, que também se tornou um transtorno para os moradores.
O contador aposentado Dante Bestetti, 78 anos, reside na rua há 42 anos e teve o carro arrombado, há dois meses, por não ter acesso à garagem do prédio. 'Levaram o estepe e tive um prejuízo de R$ 280,00, fora a sensação de insegurança.' O advogado Ruvílio da Costa, 75 anos, que reside há dez anos no bairro, disse que o buraco abalou a estrutura da sua casa. 'O transtorno é tanto que o inquilino do térreo deixou o imóvel.'

O diretor da Divisão de Obras e Projetos do DEP, Sérgio Zimmermann, afirmou que a obra do conduto está seguindo o cronograma. 'Estamos trabalhando nos trechos finais, Santa Rita, Cristóvão Colombo e Bordini, nesta ordem', disse. Segundo ele, o prazo para conclusão dos trechos é Santa Rita em agosto; Cristóvão em setembro; e Bordini em novembro, sendo que a inauguração do conduto ocorrerá em dezembro. Segundo Zimmermann, a parte baixa da Bordini é a última a ser concluída, pois por ali passa a galeria Almirante Tamandaré, o conduto antigo, e, para fechá-lo, é preciso que os outros dois trechos estejam prontos.

(CP, 13/07/2007)