O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, criticou e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) partiu para o contra-ataque. Na manhă desta quinta-feira (12/07), Arruda disse que o órgăo tem agido de “má fé” e prejudicado a populaçăo no que diz respeito ŕ liberaçăo de licenças ambientais para empresas e obras importantes para o DF. O coordenador de Licenciamento Ambiental do órgăo, Guilherme de Almeida, sugeriu que Arruda avalie melhor sua equipe. “O governador está mal assessorado. Essas informaçőes que foram prestadas năo refletem a realidade. Ele tem que rever sua assessoria”, criticou Almeida.
Arruda critica Ibama-DF e diz que órgăo 'age de má fé'
Arruda disse que ainda năo iniciou o asfaltamento do Itapoă e da Estrutural, por exemplo, porque o Ibama estaria, segundo ele, atrapalhando o processo. Almeida lembra que o problema do Itapoă năo tem nenhuma ligaçăo com o Ibama. “Mais uma vez ele tem que rever seus assessores. A responsabilidade de toda aquela ocupaçăo irregular é do GDF e năo do Ibama, porque ali năo é APA (Área de Proteçăo Ambiental) do Planalto Central”, justifica o dirigente. “Em relaçăo ŕ Estrutural, o questionamento me estranha, porque temos uma equipe do GDF trabalhando aqui com nossos técnicos para poder terminar o licenciamento e a emissăo da licença de instalaçăo, que vai propiciar a execuçăo das obras”, completou Almeida.
O governador levantou ainda a possibilidade de o Distrito Federal ficar sem centenas de emprego. Ele alegou que duas grandes empresas estariam ameaçando se retirar do DF, porque năo estariam conseguindo a licença ambiental. Uma delas é o Carrefour, que começou a construir uma nova filial no fim da Asa Norte e teve a obra embargada. A questăo principal foi o vazamento de óleo do canteiro para o Lago Paranoá. “Essas empresas foram autuadas pelo Ibama devido ŕ năo-existęncia de licenciamento pelo órgăo competente. Elas precisam passar por um procedimento de licenciamento, que é primeiro a licença prévia, a de instalaçăo e a de alteraçăo. E nem a primeira elas tinham”, finalizou Almeida.
(Por Leandro Galvăo, Correio Braziliense, 12/07/2007)