O procurador-geral de Justiça do Estado, promotor Gercino Gerson Gomes Neto, emitiu nota de esclarecimento depois que o DC publicou, ontem (12/07), reclamação do procurador da República Celso Antônio Três, um dos seis membros da força-tarefa criada para auxiliar a delegada Julia Vergara da Silva nas investigações da da Polícia Federal na Operação Moeda Verde.
Entre outro pontos, Celso Três contestou o envio, pelo juiz Zenildo Bondar, de cópia do inquérito ao Ministério Público Estadual, órgão do qual Gomes Neto é o chefe. Para o procurador federal, a medida pode prejudicar as investigações e suscitar conflito de competência que pode não só paralisar as investigações como até comprometer todo o trabalho da PF.
Na nota, Gomes Neto confirmou informação publicada na edição de quarta-feira do DC, de que desde 2005 os promotores estaduais investigam "eventuais atos de improbidade e crimes contra a administração pública, incluindo alterações no Plano Diretor da Capital, em tese, praticados por servidores municipais e estaduais".
No documento, o chefe do Ministério Público Estadual destaca:- A estratégia que, permanentemente, tem pautado o trabalho dos membros da instituição e, especialmente, nessa apuração, foi de não prestar informações a respeito de procedimentos em curso, para evitar que a eventual divulgação de fatos relacionados pudesse atrapalhar as investigações ou mesmo resultar no pré-julgamento de investigados.
Gomes Neto acrescentou que "por determinação do Juízo da Vara Federal Ambiental da Capital, as promotorias de Justiça da Moralidade Administrativa da Capital receberam, no dia 3 de maio de 2007, alguns documentos relacionados à operação deflagrada sob a denominação Moeda Verde".
Nove promotores atuam em investigação sigilosa
Ontem, "em razão da necessidade de ampliação do grupo de trabalho, diante da documentação que ainda deverá ser remetida pelo Juízo da Vara Federal Ambiental da Capital, foram designados novos membros para atuar no inquérito civil, além dos representantes da instituição, que já conduziam as apurações".
Estão à frente do caso a procuradora de Justiça Gladys Afonso e os promotores de Justiça Durval da Silva Amorim, Paulo de Tarso Brandão, Fábio Strecker Schmitt, Analú Librelato Longo, Max Zuffo, Andrey Cunha Amorim, Fabrício José Cavalcanti e Lara Peplau.
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Diário Catarinense, 13/07/2007)