O ritmo de crescimento do Brasil é condizente com a oferta de energia elétrica e não há risco de desabastecimento nos próximos anos. A avaliação é do ministro Guido Mantega (Fazenda), que lembrou que o PAC (Programa para Aceleração do Crescimento) contempla investimentos neste setor visando a ampliação do fornecimento de energia para daqui a cinco anos.
"O PAC é para fornecimento de energia elétrica lá na frente. Daqui a cinco, seis anos. Não podemos repetir o erro de outros países tiveram, que foi crescer mais do que se pode. Dar um passo maior do que a perna. (..) Crescemos a taxas mais moderadas para evitar estrangulamentos desse tipo", afirmou o ministro em audiência pública na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (12/07);
Mantega também falou da lentidão nas obras do PAC. Além dos investimentos em energia, ele disse que o PAC irá contemplar toda a infra-estrutura do país, como estradas, saneamento e habitação, e que a execução dessas projetos começa de forma mais lenta porque não há mais a cultura de planejamento no país, principalmente por parte de prefeituras. Segundo ele, porém, este ritmo terá uma aceleração gradual. "Demora um pouco para atingir velocidade de cruzeiro. Começa mais lento e vai acelerar."
O PAC foi anunciada em janeiro e junto com ele foi anunciado que o PPI (Programa Piloto de Investimentos), que reúne obras de infra-estrutura consideradas essenciais, seria de R$ 11,3 bilhões. No entanto, até maio, apenas R$ 990,5 milhões foram gastos.
Mantega defende que o país tem condições de crescer 5% ao ano ao longo dos próximos anos, mas que para isso é preciso realizar esses investimentos.
(Por Ana Paula Ribeiro,
Folha Online, 12/07/2007)