Uma equipe formada por 320 agentes da vigilância em saúde começou na última quarta-feira (11/07) uma pesquisa sobre o mosquito da dengue em diversos bairros de Porto Alegre. Os trabalhos do Levantamento de Índice Rápido do aedes aegypti (Lira) deverão ser realizados em cinco dias úteis, caso o tempo se mantenha bom. Em caso de chuva, o prazo será estendido.
A pesquisa envolve a identificação de focos do mosquito transmissor da dengue, nos bairros da Capital definidos por sorteio. A ação é do Programa Municipal de Controle da Dengue e da Coordenadoria Geral da Vigilância em Saúde (CGVS). A expectativa é de que sejam visitadas entre 10 mil e 12 mil domicílios até o final da pesquisa.
A coordenadora do Programa de Combate à Dengue, Maria Mercedes Bendati, disse que é verificada nas residências a presença de larvas do mosquito. Além disso, os moradores recebem dicas de como prevenir a dengue. Segundo ela, até o momento existem 23 casos confirmados da doença na Capital. No entanto, todos foram contraídos fora do Rio Grande do Sul.
A coordenação da equipe informou que todos os agentes da dengue estão identificados com coletes e crachás. No crachá, consta o nome e a foto do profissional. O levantamento é realizado das 8h às 12h e das 13h às 17h.
Os agentes vistoriam todos os locais com água parada, como por exemplo, caixas d'água, calhas, piscinas e depósitos como vasos de flores, frascos com água, pratos e recipientes móveis. Esses locais são utilizados pela fêmea para a colocação dos ovos, que depois se desenvolvem nas formas de larvas até ficarem adultas.
O trabalho consiste na identificação das larvas e da medição do Índice de Infestação Predial, que aponta, em percentual, o número de imóveis com a presença de larvas do aedes aegypti em relação ao total de imóveis inspecionados. Os números serão avaliados e resultarão no diagnóstico que norteará as medidas e ações de combate ao mosquito. O resultado será divulgado no final deste mês.
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JC-RS, 12/07/2007)